quinta-feira, 16 de junho de 2011

Jovens se afastam de partidos e buscam web para fazer política

Pesquisa mostra que enquanto 59% dos jovens não têm preferência partidária, 71% consideram a internet uma ferramenta política

 

Os jovens brasileiros enxergam cada vez menos os partidos como uma opção para o engajamento político. Ao mesmo tempo, cada vez mais vêem a internet como ferramenta para esse tipo de mobilização. A conclusão resulta de uma pesquisa que ouviu brasileiros com idades entre 18 e 24 anos, segundo a qual 59% dos entrevistados afirmaram não ter nenhuma preferência partidária.
O dado consta do relatório completo do estudo, realizado em parceria entre a agência Box1824 e o instituto Datafolha. A pesquisa detalhada deve ser divulgada na próxima semana, de acordo com a agencia, mas os primeiros dados, revelados pelo jornal Folha de S. Paulo no início desta semana, já apontavam que 71% dos entrevistados consideram a web um meio para fazer política.
“Os jovens estão trocando partidos políticos por outras formas de atuação política. Não apenas uma, mas várias formas ao mesmo tempo. E a internet aparece como a principal delas”, diz o pesquisador da Box e sociólogo Gabriel Milanez.


Foto: AE
 
Para pesquisador, eventos como o 'churrasco de gente diferenciada'
são exemplos de mobilização política dos jovens por meio das redes
sociais
O desinteresse dos jovens por partidos políticos aumenta na medida em que a renda dos entrevistados diminui. Entre os mais ricos e considerados de classe média, 57% dos entrevistados afirmaram não ter nenhum partido político. Já entre os mais pobres, esse número sobe para 66%. Na média, 59% não têm interesse por partidos.
Para Milanez, esse comportamento é uma tendência. “O jovem pensa num outro tipo de transformação social. A política institucional, de Brasília, partidária, não é como o jovem pensa. O jovem não entende mais que a solução virá lá de cima”, analisa o pesquisador.
“É um novo modelo, onde não há hierarquia. Agora, são micro-revoluções, são ações do dia a dia. E os jovens se conectam a grupos diferentes por meio das mídias sociais. Como exemplos de manifestações simbólicas que nasceram pela internet e foram para as ruas, podemos lembrar o churrasco da gente diferenciada, a marcha da maconha, o movimento catraca livre e o Ficha Limpa”, diz Milanez.

Fonte: Ùltimo segundo

 

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