terça-feira, 4 de outubro de 2011

Grécia mandará ‘para casa’ 30 mil servidores públicos

AP/BBCÀ medida que penetra o caos financeiro, a Grécia se dá conta de que a vida não é em frente nem ao alto. É para trás e cada vez mais abaixo.
Neste domingo (3), começou a ser implementado o pacote de austeridade fiscal aprovado no Parlamento em votação apertada.
Autorizado a criar um purgatório de servidores batizado de “reserva trabalhista”, o governo decidiu mandar para casa 30 mil funcionários.
Passarão a receber salários parciais. Depois de um ano, podem ser demitidos. A providência deve provocar um curto-circuito nas ruas, já eletrificadas.
A despeito do corte de gastos, da elevação e criação de novos tributos e da promessa de venda de ativos, a Grécia avisa:
Não vai conseguir cumprir as metas fixadas pela União Europeia e pelo FMI. Prevê para 2011 um déficit fiscal de 8,5% do seu PIB.
É menos do que os 10,5% anotados em 2010. Bem acima, porém, da meta de 7,6%. Para 2012, estima-se que o buraco nas contas será de 6,8%, contra meta de 6,5%.
O gabinete grego manuseia a tesoura observado por inspetores do Banco Central Europeu e do FMI.
Os "intrusos" preparam um relatório que dirá se a Grécia deve receber nova parcela de socorro monetário. Coisa € 8 bilhões. Em reais: R$ 20 bilhões.
Para merecer o auxílio que adia a decretação de moratória do pagamento de sua dívida, a Grécia empurra a economia para um coma induzido.
Na UTI, o país renuncia a qualquer pretensão de crescimento. Diz-se que a operação é de salvamento. Mas tem cara de suicídio.

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