terça-feira, 4 de outubro de 2011

Correios: Justiça tenta conciliar o PT consigo mesmo

O Tribunal Superior do Trabalho marcou para a tarde desta terça (4) uma audiência de conciliação do petismo consigo mesmo.
De um lado, os Correios –estatal presidida pelo petista e ex-sindicalista Wagner Pinheiro e subordinada ao ministro petê Paulo Bernardo (Comunicações).
Na outra ponta, a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos) –entidade comandada pela CUT, o braço sindical do petismo.
As desavenças entre os contendores, partes de um ex-todo, resultaram numa greve que paralisa os serviços postas brasileiros há 20 dias.
A Justiça trabalhista mete sua colher no angu a pedido dos Correios. Em petição ao TST, a empresa referiu-se aos grevistas em termos de fazer corar o tucanato.
Para o petismo dos Correios, a greve urdida pelo cutismo da Fentect é “abusiva”, tem “conteúdo político-ideológico” e fere a “ordem jurídica e institucional”.
Anota, de resto, que as atividades da empresa, por essenciais, não podem ser interrompidas por movimentos grevistas.
Requereu-se a concessão de liminar que suspendesse a paralisação. Ao analisar a peça, a ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi indeferiu o pedido.
Vice-presidente do TST, a magistrada Maria escreveu no seu despacho que a greve dos Correios é legítima e encontra amparo na Constituição e na legislação.
Sustentou que, embora “relevantes”, os serviços postais não foram listadas no rol de atividades “essenciais” sujeitas à limitação do exercício do direito de greve.
Negada a liminar, a ministra agendou a audiência de “conciliação” para as 13h desta terça.
O repórter apurou que os representantes dos Correios vão à reunião com ordens superiores para esticar a corda.
Deseja-se puxar a reivindicação salarial para baixo e adiar o tônico do contracheque para janeiro de 2012.
De resto, a gestão petista dos Correios considera questão de honra o desconto dos dias parados.
Se o governo fosse tucano, a CUT já estaria queimado bonecos de Wagner Pinheiro e de Paulo Bernardo em praças públicas.
Sugere-se ao mediador do TST que abra a reunião de conciliação desta terça assim: “Boa tarde. Estou aqui para apresentar vocês a vocês mesmos.”

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